sábado, 30 de dezembro de 2006

Ninguém mais fala em Papai Noel!


Sabe o que mais me contraria como brasileiro? Nossa memória volátil! Não faz sequer uma semana que o Natal passou, e ninguém mais fala do bom velhinho, aquele senhor de barbas brancas, de riso fácil (o lendário HO HO HO HO), o Papai Noel.
E do astrounauta brasileiro que foi plantar feijão no espaço? Ninguém fala mais nele! A não ser em aparições relâmpago no amigo secreto do Fantástico ou na Retrospectiva da Globo, que é tediante de assistir. Do jeito que o mundo anda, com sua política desvairada, clima desrregulado e guerras de fins petrolíferos e religiosos, nem a voz do Sérgio Chapelin tem me atraído para assistir a tal retrospectiva.
Coelhinho da Páscoa? Mulata Globeleza? Mascote da Copa do Mundo? Cúpido? Buxa do Haloween? Alguém viu algumas dessas personagens por aí? Vou propor ao empresário, apresentador de televisão, homem do baú e sex simbol Silvio Santos criar uma nova da 'casa dos artistas' para estes pobres e esquecidos símbolos de épocas comemorativas do ano.
Nem preciso comentar o 'frisson' causado pelas cenas quentes da Mamãe Noel tomando banho de biquini na beira da piscina e o coelhinho da páscoa evitando comer chocolate e fazendo regime a base de abóbora do Haloween. Brincadeiras e desvaneios a parte, tenho a impressão de que o Papai Noel virou uma celebridade de 15 minutos de fama, como tantos big brothers, pseudo-atrizes capas de revistas masculinas e pseudo-cantores filhos de pais cantores. Uma pena! E pensar, que um dia, já sentamos no colo deste velho barbudo e sacana e abrimos nosso coração a ele, revelando nossos desejos de Natal.
Fico imaginando, onde estará Papai Noel agora? Supostamente, bêbado, livre do peso do Natal, próximo a lareira de sua casa no pólo norte, recebendo os cafunés da Mamãe Noel, de pantufas e pijama, porém com uma preocupação financeira: "Como pagarei o 13º salário dos duendes?"

segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

Feriados & Afins

Bem amigos da Rede Globo!!! Putz, Comecei mal! Primeira postagem, e já invoco um dos bordões apelativos do Galvão Bueno. O que os leitores pensarão? Então, vamos começar de novo.

Oi.
Não, não! Muito simples e informal. Pensarão o que deste blog? Trecho do diário de uma adolescente frustada por não conhecer o RBD! Urgh...

Vamos lá, mais uma vez:
Boa tarde prezados,
Nossa! Parece comunicado de Help Desk de alguma multinacional!!! Pensarão o que?

Pensem o que quiser. Estou cag... Ops, sem baixaria!
Nestes rascunhos mal acabados, cujas atividades se inciam agora, não haverá espaço para palavras vulgares ou cultas. Seguirei o caminho do meio, sabe? Ali, entre as duas nádegas... Ops, de novo!

Vamos dissertar sobre o que geralmente as pessoas falam ao redor das mesas de bares, restaurantes, confraternizações, pizzarias e similares. Afinal, todos somos filósofos. Filósofos de Botequim. Filósofos de pé de mesa. Filósofos de pouco ou muito colarinho no choop. Filósofos de arroz com feijão na marmita de alumínio.
Independente do que lemos, assistimos, ouvimos ou fazemos, todos temos nossas opiniões e, na maioria da vezes, argumentamos tais opiniões ao redor de uma mesa.

Sem mais rodeios, comecemos logo:

Hoje é feriado. Natal. Nem preciso comentar o consumismo da população, a fantasia de que a vida é um mar de rosas (esquecemos que rosas têm espinhos) e o sentimento de compaixão que torna as pessoas mais humanas nesta época do ano. O ponto de discussão não é este. E sim, o tédio que toma conta do cidadão depois do almoço do dia 25 (isto é, quando ele tem almoço, afinal estamos no Brasil) e que, exponecialmente, aumenta até o anoitecerr. Mas como bom brasileiros, estufamos o peito, e pensamos:
"Ufa, ainda bem que na semana que vem é o Reveilon"
E a vida continua... À espera do próximo feriado.

Feriados... Caro leitor, você se lembra o que fez em cada feriado deste ano?
Estava refletindo sobre isso, após saborear, sem cerimônias, o peru de Natal. O que eu fiz na semana santa? No carnaval? Na proclamação da República?
Geralmente, damos boas vindas ao ano novo contando os feriados, e quando este ano está nos finalmentes, não lembramos precisamente o que fizemos nestes dias tão esperados. Particularmente, o sentido está aí. Esperar! ter a sensação eufórica de que a vida ficará mais suportável, longe da rotina do trabalho ou da escola. Infelizmente esquecemos de viver esta utopia.

Ah... Lembrei-me de um feriado. Finados. A frase abaixo simboliza a preocupação vivida nestes dias.

"Havia momentos em que eu pensava poder esquecê-la. Contudo, esquecer não é algo que possamos fazer, é algo que nos acontece ou não. A mim não aconteceu."
O Colecionador, John Fowles
Entederam? Não? Normal, muitas vezs eu também não me entendo.
Namastê e bom restinho de Natal. Cuidado com o caroço da nactarina!